Foto: MrBill
O programa funciona da seguinte forma: um chip instalado em cada coletor é capaz de medir a frequência com que o lixo é depositado no local. Caso os donos da casa deixem de jogar seus materiais recicláveis no recipiente adequado por algumas semanas, um representante da prefeitura irá revistar seu lixo normal em busca de recicláveis.
Caso o funcionário encontre mais de 10% de matérias como papel, plástico, vidro e metal misturados ao lixo comum, o morador poderá ser multado. A medida é baseada na ideia de que, se os moradores não estão jogando os materiais recicláveis no local adequando, é porque não os estão separando corretamente.
Com isso, essa espécie de “Big Brother da coleta seletiva” pretende reverter o quadro da reciclagem da cidade, que em 2009, enviou 220 mil toneladas de lixo para aterros sanitários e reciclou apenas 5.800 toneladas de materiais.
Além da preservação ambiental
E quem pensa que o motivo que levou a prefeitura a investir US$ 2.5 milhões nos equipamentos foi apenas preservação ambiental, está enganado. Segundo o comissário da coleta de lixo da cidade, Ronnie Owens, a intenção é transformar o que iria para o lixo em verba para o município.
Ele afirmou ainda que Cleveland paga U$ 30,00 por cada tonelada de lixo que precisa ser despejada em aterros, enquanto recebe U$ 26,00 por cada tonelada de recicláveis. "Nós queremos garantir que a cidade fique limpa", disse Owens. "O objetivo das multas é ajudar-nos a mudar a atitude ou a percepção dos moradores de como as coisas devem ser feitas", diz.
O programa da prefeitura, que começou em 2007 com 15 mil casas, pretende atingir 105 mil famílias nos próximos anos.
Fonte: Eco Desenvolvimento
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