Os Neutrófilos são os tipos mais abundantes de células brancas do sangue e normalmente são os primeiros a combater uma infecção mortal. Entretanto, pouco é conhecido sobre como eles são recrutados para locais danificados que não envolvem a interação de algum patógeno, como um tornozelo cortado, um trauma no cérebro ou até mesmo um ataque cardíaco.
Usando microscopia confocal, um grupo de cientistas liderados por Paul Kubes da Universidade de Calgary, capturou o modo como os neutrófilos descem por uma rede complicada de vasos sanguíneos e chegam a um local danificado, por calor, em fígados de ratos anestesiados. "Este é um novo uso de uma antiga tecnologia", diz Kubes. O grupo também identificou alguns dos “jogadores” moleculares que guiaram as células imunes pelo caminho.
Neutrófilos (em verde) encontram e começam a limpar células queimadas (em vermelho) rastejando por vasos sanguíneos vizinhos (azul) com a ajuda de "pernas" ou proteínas de membrana, como a integrin Mac1. O ATP liberado pelas células mortas e agonizantes ajuda os Neutrófilos a se prender às paredes dos vasos auxiliando na expressão de receptores de Mac1.
B. McDonald, et al., "Intravascular danger signals guide neutrophils to sites of sterile inflammation," Science, 330:362-6, 2010.